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  • PMDF apreende menor por agressões no contexto da Lei Maria da Penha

    PMDF apreende menor por agressões no contexto da Lei Maria da Penha

    Na noite desta sexta-feira (26/09/2025), por volta das 18h20, a Polícia Militar do Distrito Federal, por meio do GTOP 45, apreendeu um menor após ele agredir fisicamente a madrasta e o próprio genitor, na região Metropolitana.

    O adolescente foi conduzido à Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA I), onde foi registrado o ato infracional análogo à lesão corporal no contexto da Lei Maria da Penha (Lei 11.340/2006).

    Cabe ressaltar que o apreendido já possui histórico de ocorrências anteriores por agressões físicas.

    Centro de Comunicação Social da PMDF
    PMDF – Muito mais que segurança
    Orgulho de ser Policial Militar

  • Homem furta celular em UPA e PMDF descobre ponto de tráfico no Recanto das Emas

    Homem furta celular em UPA e PMDF descobre ponto de tráfico no Recanto das Emas

    O furto de um aparelho celular levou à descoberta de um ponto de tráfico de drogas no Recanto das Emas. Um homem e uma mulher foram detidos, por volta das 21h desta quinta-feira (25), pelos policiais militares do Grupo Tático Operacional do 27º Batalhão (Gtop 47).

    A equipe do Gtop 47 foi informada sobre o furto do celular de uma médica, ocorrido durante o atendimento em uma Unidade de Pronto Atendimento na última quarta-feira (24). Com a identificação inicial do suspeito, os policiais se dirigiram à residência dele na Quadra 406.

    No local, o suspeito confessou o furto e revelou que havia trocado o aparelho em uma boca de fumo por uma porção de droga e R$ 50 em espécie.

    O indivíduo acompanhou a equipe até o endereço onde teria feito a troca. Ao chegarem, os policiais fizeram contato com a mulher apontada como receptadora. Ela negou ter o celular furtado, mas autorizou a entrada da equipe para averiguação.

    Durante a busca pelo aparelho, os policiais encontraram materiais que configuram o crime de tráfico de drogas, incluindo 33 frações de pedras de crack prontas para a venda, duas pedras maiores de crack, duas balanças de precisão e R$ 40 em espécie.

    Tanto o autor do furto quanto a mulher foram conduzidos à 27ªDP, onde foram registradas as ocorrências de furto, receptação e tráfico de drogas.

  • Seleção feminina de futebol terá amistoso contra a Itália em outubro

    Seleção feminina de futebol terá amistoso contra a Itália em outubro

    A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) anunciou, nesta sexta-feira (26), que a seleção feminina terá pela frente a Itália, na casa das adversárias, em amistoso, no dia 28 de outubro. A partida será disputada no Estádio Ennio Tardini, em Parma, a partir de 13h15 (horário de Brasília).

    As italianas ocupam, atualmente, o 12º lugar do ranking feminino de seleções da Federação Internacional de Futebol (Fifa). O Brasil é o sétimo. Na última Eurocopa, realizada este ano, na Suíça, a Azzurra foi às semifinais, sendo eliminada pela agora bicampeã Inglaterra.

    “A Itália evoluiu muito e hoje está entre as melhores da Europa. Será um confronto importante na nossa preparação até a Copa [do Mundo] de 2027 [que será no Brasil], porque elas têm um estilo de jogo diferente da maioria das seleções europeias”, disse o técnico Arthur Elias, em depoimento ao site da CBF.

    O histórico dos confrontos entre as seleções femininas de Brasil e Itália é favorável às sul-americanas. Em nove jogos, são oito triunfos brasileiros e um empate. O último jogo foi um amistoso realizado em Gênova, na casa das rivais, com vitória canarinho por 1 a 0 no Estádio Luigi Ferraris, gol da atacante Adriana, em outubro de 2022.

    Outro embate marcante foi o da primeira fase da Copa de 2019, na França. As seleções se enfrentaram no Stade du Hainaut, em Valenciennes, e o Brasil ganhou por 1 a 0. A atacante Marta balançou as redes e chegou a 17 gols na história da competição, tornando-se a maior goleadora de Mundiais, entre homens e mulheres, superando o alemão Miroslav Klose.

    Este será o segundo compromisso do Brasil na próxima data-Fifa, nome dado ao período destinado a jogos entre seleções. Antes, em 25 de outubro, o amistoso será contra a Inglaterra, fora de casa, às 10h30, no Etihad Stadium, em Manchester. A convocação para os duelos será anunciada no dia 9 de outubro, no escritório internacional da CBF, em Miami, nos Estados Unidos.

  • Mundial de natação paralímpica: Brasil mira top-5 no último dia

    Mundial de natação paralímpica: Brasil mira top-5 no último dia

    O Campeonato Mundial de Natação Paralímpica, disputado em Singapura, chega ao fim neste sábado (27). O Brasil aparece no sexto lugar do quadro de medalhas, considerando o número de ouros, mas ainda pode encerrar a competição entre os cinco primeiros, como nas últimas duas edições.

    A natação brasileira foi ao pódio 36 vezes, menos somente que Ucrânia (44) e Itália (40). São 12 ouros, 15 pratas e nove bronzes. O quadro tem a China como líder, com 16 ouros, seguida por italianos (15), ucranianos (14 e 14 pratas), estadunidenses (14 e seis pratas) e britânicos (13).

    A delegação da Rússia, que compete como “Atletas Paralímpicos Neutros”, conquistou 51 medalhas, sendo 18 douradas, mas não consta no quadro – onde estaria na liderança. A federação do país está suspensa pelo Comitê Paralímpico Internacional (IPC, sigla em inglês) devido à guerra com a Ucrânia.

    O último dia do Mundial tem 11 brasileiros em nove provas. As finais iniciam às 6h59 (horário de Brasília) de sábado, com os 400 metros (m) livre da classe S11 (cego total), que podem ter Matheus Rheine, caso avance na eliminatória desta sexta-feira (26), às 22h24 – ele foi bronze nessa prova na Paralimpíada do Rio de Janeiro, em 2016.

    A única atleta já garantida na final é Mayara Petzold, nos 50 m borboleta da classe S6 (deficiências físico-motoras de grau intermediário). Nos Jogos de Paris, na França, em 2024, Mayara ficou com o bronze. Confira, abaixo, os horários das disputas por medalha deste sábado.

    6h59 – 400m livre S11 – Matheus Rheine (se avançar)

    7h29 – 50m borboleta S6 – Mayara Petzold (final direta)

    7h33 – 50m borboleta S6 – Gabriel Melone (se avançar)

    7h37 – 50m livre S9 – Mariana Gesteira (se avançar)

    7h56 – 100m livre S5 – Alessandra Oliveira (se avançar)

    8h01 – 100m livre S5 – Samuel Oliveira (se avançar)

    8h07 – 200m livre S4 – Lídia Cruz e Patrícia Pereira (se avançarem)

    9h15 – 100m borboleta S14 – Ana Karolina Soares (se avançar)

    9h20 – 100m borboleta S14 – Arthur Xavier e Gabriel Bandeira (se avançarem)

    A melhor campanha do Brasil em mundiais paralímpicos de natação foi em 2022, na Ilha da Madeira, em Portugal, quando a delegação conquistou 53 medalhas, sendo 19 de ouro, ficando no terceiro lugar do quadro – a China não enviou atletas para aquela edição. Em 2023, com presença dos chineses, o país ficou na quarta posição, alcançando 46 pódios e ficando 16 vezes no topo.

    Nesta sexta-feira (26), o país teve aproveitamento quase perfeito, com 11 dos 12 nadadores que disputaram finais conquistando pódios. Foram cinco medalhas: três individuais (dois ouros e uma prata) e duas (ambas de prata) em revezamentos. Destaque para o terceiro ouro de Gabriel Araújo em Singapura, agora nos 50 m costas da classe S2 (deficiências físico-motoras severas); e para Mariana Gesteira, que venceu os 100 m costas da classe S9 (comprometimento motor de grau moderado).

    “Em 2020, eu me mudei para Juiz de Fora [MG], cidade do Fábio [Antunes, treinador], onde moro atualmente para ter uma rotina de treino, uma disciplina. Ele montou uma rotina, uma equipe multidisciplinar para isso. Boa parte dela está comigo até hoje. Isso é importante. É um trabalho coletivo e que vem dando certo”, celebrou Gabrielzinho, em depoimento ao site do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB).

    “Já estava com o melhor tempo do mundo esse ano, tinha uma responsabilidade. Foi a prova que eu mais treinei. Tinha uma pressão e eu senti um pouco. Senti uma sensação boa durante a prova. Eu tenho muito essa coisa de percepção e hoje acordei olhando para o dia e sentindo que era o meu dia. E, graças a Deus, foi”, destacou Mariana, também à página do CPB.

    Nos 50 m costas da classe S1, que reúne os atletas com deficiências motoras mais severas, José Ronaldo levou a prata. Mesma cor de medalha dos revezamentos 4×100 m medley da classe S14 (deficiência intelectual), que reuniu Arthur Xavier, Ana Karolina Soares, Beatriz Flausino e Gabriel Bandeira; e 4×100 m livre para nadadores cegos e com baixa visão, na qual o Brasil foi representado por Carol Santiago, Lucilene Sousa, Douglas Matera e Matheus Rheine.

  • Ministro do Superior Tribunal de Justiça manda soltar o rapper Oruam

    Ministro do Superior Tribunal de Justiça manda soltar o rapper Oruam

    O Superior Tribunal de Justiça (STJ) mandou soltar o rapper Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, conhecido como Oruam.

    A decisão foi assinada nesta sexta-feira (26) pelo ministro Joel Ilan Paciornik e atendeu ao pedido de soltura feito pela defesa do cantor.

    Oruam é investigado pela polícia do Rio de Janeiro por associação ao tráfico de drogas, tráfico de drogas, resistência, desacato, dano, ameaça e lesão corporal. Ele estava preso desde de julho em uma penitenciária localizada na zona oeste da capital fluminense.

    De acordo com as investigações, o rapper e outros acusados tentaram impedir a Polícia do Rio de cumprir um mandado de busca e apreensão contra um adolescente acusado de atuar como um dos seguranças pessoais dos chefes da facção criminosa Comando Vermelho, em julho deste ano.

    Oruam é filho do traficante Márcio dos Santos Nepomuceno, o Marcinho VP, que está preso em uma penitenciária federal.

  • Trânsito causa até 10 vezes mais sequelas que mortes, alerta CFM

    Trânsito causa até 10 vezes mais sequelas que mortes, alerta CFM

    O presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), José Hiran Gallo, frisou nesta sexta-feira (16) que os dados referentes ao trânsito no Brasil são preocupantes.  Ao participar do 16º Congresso Brasileiro de Medicina do Tráfego, em Salvador, ele apresentou estimativas que indicam que mais de 32 mil pessoas morrem todos os anos em sinistros de trânsito no país ─ uma média de 92 vítimas por diaPara cada vida perdida, há pelo menos 10 com sequelas graves ou permanentes. 

    “Falamos de jovens que deixam de estudar, homens e mulheres impossibilitados de trabalhar, famílias que passam a conviver com a dependência e o sofrimento prolongado. Esse cenário nos coloca no ranking mundial entre os países com maior número absoluto de vítimas no trânsito, ao lado de nações muito mais populosas, como Índia e China.”

    Diante desse cenário, Hiran Gallo defendeu que a medicina do tráfego é uma especialidade que vai além da atuação clínica, já que une a prática médica ao compromisso e à ação social, fornecendo dados, análises e soluções que orientam decisões do Estado brasileiro e políticas públicas.

    Durante o evento, ele destacou ainda os custos provocados por sinistros de trânsito, classificados por ele como “astronômicos”. Dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) estimam o impacto anual em R$ 50 bilhões.

    “É o resultado da soma de despesas hospitalares e com reabilitação aos gastos da previdência social e aos prejuízos na produtividade”.

    “Esse valor seria suficiente para construir centenas de hospitais de médio porte ou milhares de escolas públicas. Cada sinistro grave no trânsito representa não apenas tragédias pessoais e familiares, mas também um prejuízo para a coletividade, ao drenar recursos públicos que poderiam ajudar no fortalecimento de nossa saúde, educação e segurança”, concluiu.

    *A repórter viajou a convite da Associação Brasileira de Medicina do Tráfego (Abramet)

  • Alckmin: encontro de Lula e Trump é um 1º passo para resolver tarifaço

    Alckmin: encontro de Lula e Trump é um 1º passo para resolver tarifaço

    O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, disse nesta sexta-feira (26), em palestra na capital paulista, que o encontro entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, é um “primeiro passo” para a resolução do tarifaço imposto pelos EUA ao Brasil. A reunião deverá ocorrer na próxima semana.

    “Quero saudar o encontro, embora rápido, mas o encontro entre os presidentes Lula e Trump [na assembleia geral da ONU], que deram, ao menos, um primeiro passo. Vamos tentar dar os passos subsequentes para a gente ir removendo esses problemas e podermos caminhar mais rapidamente para resolver a questão do tarifaço”, disse, em evento na instituição de ensino Insper, em São Paulo.

    Alckmin defendeu que o comércio entre os países deve ser “ganha-ganha”, ou seja, com ambos participantes obtendo sucesso, e baseado em regras.

    “Comércio exterior bem feito é ganha-ganha. Ele é mais eficiente: eu compro dele, mais barato. Eu sou mais eficiente: eu vendo para ele. A sociedade ganha. Só que precisa ter regras, porque senão o grande vai matar o pequeno”.

    O vice-presidente ressalvou, no entanto, que a atuação da Organização Mundial do Comércio (OMC), instituição que tem como missão assegurar as regras do comércio internacional, foi limitada pelos Estados Unidos.

    “Temos que ter regras para o mundo todo, regras de comércio. Só que infelizmente não funciona. Por quê? Eu entro com uma representação [na OMC] e ganho na primeira instância. [A decisão] não vale enquanto não tiver decisão da segunda instância. Aí, na segunda instância, os Estados Unidos não designam os seus representantes. Ela [a OMC]   não pode agir. Então, meio que a OMC ficou inócua”, disse.

    No último dia 23, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que pretende se encontrar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na próxima semana. Ele teceu elogios ao chefe de Estado brasileiro chamando-o de “homem muito agradável”, com quem teve “uma química excelente” durante breve encontro.

    Trump discursou na Assembleia Geral das Nações Unidas logo depois o presidente Lula. Tradicionalmente, o presidente do Brasil faz o discurso de abertura das assembleias anuais da ONU.

    O presidente norte-americano disse que as tarifas aplicadas contra o Brasil e outros países são uma questão de defesa da soberania e da segurança de seu país.

  • Delegações deixam cadeiras vazias durante discurso de Netanyahu na ONU

    Delegações deixam cadeiras vazias durante discurso de Netanyahu na ONU

    Delegações de diversos países – dentre elas a brasileira – deixaram, ao mesmo tempo, o plenário da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), nesta sexta-feira (26), no momento em que o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, subiu ao parlatório para discursar.

    O protesto foi combinado previamente entre as delegações, em crítica aos ataques israelenses contra a Faixa de Gaza, que já duram quase dois anos e fizeram mais de 60 mil vítimas.

    Ordem na sala

    Quando Netanyahu iniciou seu discurso, os delegados foram chamados à ordem: “Ordem na sala, por favor!”, pediu o mestre de cerimônia.

    Diante de uma sala praticamente vazia, um momento histórico nas Nações Unidas, Benjamin Netanyahu afirmou que os inimigos de Israel são os inimigos de todo o mundo, inclusive de seu maior parceiro, os Estados Unidos.

    “Odeiam a todos nós da mesma forma. Eles querem arrastar o mundo moderno para o fanatismo”.

     

    Lula na ONU

    O presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva já classificou os ataques de Israel a Gaza como genocídio em diversas oportunidades, inclusive durante seu discurso na abertura da 80ª Assembleia Geral, na terça-feira (23).

    “Os atentados terroristas perpetrados pelo Hamas são indefensáveis sob qualquer ângulo. Mas nada, absolutamente nada, justifica o genocídio em curso em Gaza. Ali, sob toneladas de escombros, estão enterradas dezenas de milhares de mulheres e crianças inocentes. Ali também estão sepultados o direito internacional humanitário e o mito da superioridade ética do Ocidente”, disse Lula na ocasião.

    Contatado pela Agência Brasil, o Ministério das Relações Exteriores informou que não fará “manifestações adicionais” sobre o ocorrido.

    Matéria atualizada às 13h41

  • Escolas podem corrigir dados do Censo Escolar 2025 até 23 de outubro

    Escolas podem corrigir dados do Censo Escolar 2025 até 23 de outubro

    Os gestores de educação nos estados, no Distrito Federal e nos municípios de todo o país podem conferir, confirmar ou, se necessário, retificar online os relatórios por escola dos dados preliminares do Censo Escolar da Educação Básica de 2025, declarados no período de coleta da primeira etapa.

    As informações da primeira das duas etapas da pesquisa estatística da educação básica foram publicadas no Diário Oficial da União dessa terça-feira (23), na portaria n.º 650/2025 do Ministério da Educação (MEC).

    Os resultados divulgados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) abrangem as diferentes etapas e modalidades da educação básica:

    • ensino regular (educação infantil, ensino fundamental e médio);
    • educação especial – escolas e classes especiais;
    • Educação de Jovens e Adultos (EJA);
    • educação profissional e tecnológica (cursos técnicos e cursos de formação inicial continuada ou qualificação profissional).

    Os resultados são apresentados por unidade da federação, em ordem alfabética, segundo os municípios.

    Os dados divulgados foram declarados pelos gestores até 31 de julho e tratam de estabelecimentos de ensino, turmas, alunos, gestores e profissionais escolares em sala de aula.

    Retificação de dados

    Sistema Educacenso foi reaberto pelo Inep no período de 23 de setembro a 22 de outubro para conferência, retificação, inclusão ou exclusão dos dados declarados ao Censo Escolar 2025.

    A funcionalidade de fechamento do sistema possibilita que as escolas verifiquem se há inconsistências nos dados declarados e emitam e imprimam o recibo de entrega dos dados.

    Cronograma

    Os dados finais da matrícula inicial 2025 devem ser consolidados em dezembro, de acordo com o cronograma  oficial do Censo Escolar da Educação Básica de 2025.

    A segunda etapa do Censo Escolar da Educação Básica de 2025 é voltada à situação do aluno. A coleta dos dados de rendimento, ao final do ano letivo, e o movimento escolar dos alunos declarados na primeira etapa de coleta do Censo Escolar 2025, ocorrerão no período de 2 de fevereiro a 13 de março de 2026.

    A divulgação final das estatísticas da educação básica pelo Inep está prevista para 12 de maio de 2026.

    Após a publicação final dos dados no Diário Oficial da União, as informações censitárias passam a ser consideradas como estatísticas oficiais da educação básica, não sendo possível realizar alteração nos dados.

    Como é o Censo Escolar

    O Censo Escolar é realizado anualmente pelo Inep e a declaração é obrigatória para todas as escolas públicas e privadas do país.

    A principal pesquisa estatística da educação básica é realizada em regime de colaboração entre as secretarias estaduais e municipais de educação.

    O levantamento é dividido em duas etapas. A primeira delas coleta informações sobre os estabelecimentos de ensino, gestores, turmas, alunos e profissionais escolares em sala de aula. As estatísticas de matrículas geradas nesta etapa servem de base para o repasse de recursos federais e para o planejamento e a divulgação das avaliações nacionais realizadas pelo Inep.

    A segunda etapa pesquisa informações sobre o movimento e o rendimento escolar dos alunos. Os indicadores oficiais também servem de referência para o monitoramento e cumprimento das metas do Plano Nacional da Educação (PNE).

    O censo também é uma ferramenta de análise da situação da educação no Brasil, das unidades federativas e dos municípios, bem como das escolas, visando acompanhar a efetividade das políticas públicas educacionais.

  • Menos da metade das escolas públicas está ligada à rede de esgoto

    Menos da metade das escolas públicas está ligada à rede de esgoto

    O Anuário Brasileiro da Educação Básica 2025 apontou desigualdades na oferta de infraestrutura básica das escolas públicas nas diferentes regiões do país, incluindo acesso à água potável, energia elétrica, coleta de lixo, rede pública de esgoto, banheiros e cozinha. Elaborado pela organização Todos Pela Educação, Fundação Santillana e Editora Moderna, o levantamento foi divulgado nesta quinta-feira (25), chegando a sua 12ª edição.

    Embora 95% das escolas públicas contem com os itens básicos de infraestrutura, há maior carência em dois itens: apenas 48,2% das unidades estão conectadas à rede pública de esgoto, e mais de 20% ainda não têm serviço de coleta de lixo.

    No recorte por região, apenas 9,3% das escolas públicas no Norte e 30,8% no Nordeste têm rede pública de esgoto, enquanto o índice chega a 84,7% das unidades do Sudeste, 56,9% no Sul e 47,8% no Centro-OesteMais da metade das escolas do Norte (54%) não tem coleta de lixo, enquanto quase todas as escolas do Sul (97,2%) contam com o serviço.

    Para a gerente de Políticas Educacionais do Todos Pela Educação, Manoela Miranda, a ausência de infraestrutura básica, além de ser uma questão de dignidade, está diretamente ligada às condições de aprendizagem dos estudantes. Ela pondera que já houve muitos avanços no país quanto à educação, mas há regiões em que a situação permanece crítica.

    “Três em cada dez escolas públicas no Acre e em Roraima não têm água potável, é uma situação difícil não ter nem água potável para os estudantes e gestores. Falta energia elétrica em um terço das escolas públicas no Acre e no Amazonas. E a falta de banheiro atinge um quarto das escolas públicas em Roraima”, apontou.

    Manoela ressalta que é preciso garantir condições mínimas para que a aula possa acontecer e os estudantes possam ficar na escola.

    Na Região Norte, esses fatores operacionais são mais complexos e, segundo a especialista, é importante que as políticas públicas levem em consideração o chamado fator amazônico, ou seja, os custos logísticos e operacionais adicionais que a região impõe.

    Equipamentos para ensino

    Em relação à infraestrutura voltada à aprendizagem, o anuário mostrou que os equipamentos estão distribuídos de forma desigual também pelas etapas de ensino, além do recorte por região. As bibliotecas e salas de leitura, por exemplo, estão mais presentes em escolas públicas que oferecem os anos finais do ensino fundamental  (69,2%) e o ensino médio (86,5%) do que naquelas com turmas de anos iniciais (47,2%).

    A presença de laboratório de informática foi registrada em apenas 27% das escolas públicas de anos iniciais do ensino fundamental, em 46,8% das de anos finais, e em 73% das unidades de ensino médio. Já os laboratórios de ciências estavam presentes em apenas 20,3% das escolas públicas de anos finais e, no ensino médio, em 46,9% das unidades.

    “Eu destacaria também a mesma desigualdade [no recorte] regional. Se considerar as escolas de ensino médio que têm laboratórios de ciências na Região Norte, esse percentual cai para 40%. Tem estados como Roraima, com 22%, e Acre, com 21%”, disse Manoela.

    Ela acrescentou que a defasagem não está só na infraestrutura básica, mas está refletida na infraestrutura voltada diretamente à aprendizagem dos alunos.

    Na educação infantil, apenas 41% das escolas públicas tinham parque e 35,3% contavam com área verde dentro da unidade. O material pedagógico infantil chega a 69,6% das escolas.

    Considerando o recorte regional, no Norte do país, parques infantis estavam presentes em 11,5% das escolas, área verde em 33% e material pedagógico infantil em 36,5%. No outro extremo do país, no Sul, os percentuais chegaram a 87,4% (parque), 60,6% (área verde) e 95,5% (material).

    Aprendizagem

    O anuário conclui que, “para que alcance plenamente seus objetivos, a educação pública de qualidade requer infraestrutura básica – como água potável, energia elétrica, banheiros, cozinha, coleta de lixo –, mas também deve dispor de equipamentos voltados ao ensino e à aprendizagem, como salas de leitura, laboratórios e recursos de tecnologia, incluindo acesso à internet.”

    Apesar de 95,4% das escolas públicas contarem com acesso à internet, aponta o anuário, somente 44,5% são conectadas de acordo com parâmetros adequados para o uso pedagógico em sala de aula. O documento explica que a situação “limita o uso efetivo nos processos de ensino e aprendizagem”.

    Segundo Manoela Miranda, no que diz respeito à aprendizagem, o país ainda tem um longo caminho a percorrer, especialmente quando se olha para o resultado de aprendizagem adequada em matemática e língua portuguesa no ensino médio.

    O anuário mostra que apenas 4,5% dos jovens da 3ª série do ensino médio público tinham aprendizagem adequada em matemática e em língua portuguesa. Entre os jovens do 9º ano do ensino fundamental, esse percentual é de somente 13,3%, e, entre os alunos do 5º ano do ensino fundamental, chega a 37,2%.

    “Quero destacar os avanços – especialmente em acesso à educação, conclusão, menor distorção idade-série –, por outro lado, quero destacar a importância desses dados e de se olhar para as desigualdades regionais, socioeconômicas e raciais que existem no país para avançarmos uma educação de qualidade com equidade”, disse.

    Para a especialista, o anuário tem importância enquanto demonstração de evidências e base de dados para elaboração de políticas educacionais. “Atualmente, no Congresso [Nacional], tramita o Plano Nacional de Educação, que vai colocar metas e estratégias para o próximo decênio da educação brasileira. É muito importante olharmos para esses dados e os desafios que ainda existem para termos boas metas, ambiciosas mas realistas para a educação que queremos daqui a dez anos.”